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Contexto histórico do Cubismo

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(Cesta de maçãs, pintura em óleo por Paul Cezanne, 1839-1906, França)

O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges Braque.
O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a superposição de partes de um objeto sob um mesmo plano.

Resultado de imagem para Demoiselles d'Avignon
(Les Demoiselles, 1907)

A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embasados na matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por ângulos diferentes.
A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e recomposição da realidade através das estruturas geométricas.
Os artistas cubistas trazem uma ruptura com a perspectiva de visualizar o mundo sob um só ângulo, uma só perspectiva. Então, o usufruto de colagens, montagens, a superposição de figuras, a simultaneidade são características marcantes dos cubistas.

cubismo
(“Mulher com Violão”, de Georges Braque - 1913)

A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem.
O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como a vanguarda anterior (Futurismo) era a favor da invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe, rima).
No Brasil, o Cubismo exerceu influência na década de 20 com Oswald de Andrade e na década de 60 com o Concretismo.


Fonte principal: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/cubismo.htm

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Características principais do Cubismo

No cubismo, as formas da natureza eram representadas por meio de figuras geométricas que representam as partes de um objeto no mesmo plano. Sem nenhum compromisso com a aparência real das coisas, o Cubismo visava promover a decomposição, a fragmentação e a geometrização das formas. Na literatura, a linguagem era usada para retratar as palavras de forma simultânea, buscando formar uma imagem. Geometrização das formas e volumes; Renúncia à perspectiva O claro-escuro perde sua função; Representação do volume colorido sobre superfícies planas; Sensação de pintura escultórica; Cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave. Cores fechadas. http://www.estudopratico.com.br/cubismo-caracteristicas-fases-e-o-movimento-no-brasil/

Fases do Cubismo

Enquanto o movimento cubista se desenvolvia, sofreu várias alterações, sendo principalmente marcado pelas seguintes: 1. O cubismo primitivo ou cézanniano (entre os anos de 1907 e 1909): é a fase que dá início ao Cubismo. Período marcado pela forte presença das obras de Paul Cézanne. As primeiras pinturas cubistas foram descritas pela restrição às formas geométricas.  (Georges Braques - Case a L'Estaque) 2. O cubismo analítico (entre os anos de 1910 e 1912): fase marcada pela união dos trabalhos criados separadamente por Picasso e Braque. Demonstra uma decomposição de objetos que estão representados no cotidiano. È uma combinação de pedaços de peças, vistos de várias maneiras com perspectivas diferentes.   (Cabeza de mujer, 1909) 3. O cubismo Sintético (entre os anos de 1913 e 1914): este tipo de cubismo era composto por colagens de vários papéis com diferentes texturas e padrões, as cores tornaram-se muito mais vivas. O espaço e volume são inspirados com

Curiosidades sobre o Cubismo

O cubismo por meio de suas colagens introduziu letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artista de criar novos efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no espectador as sensações tácteis. Assim contrastavam intencionalmente áreas de cores lisas e rugosas, ásperas e com relevos, para efeitos de tactilidade. Tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas. (Manzanas y naranjas, 1899 - Paul Cezanné) Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar o